As gerações de pesquisas de mercado

FREITAS, H., JANISSEK-MUNIZ, R., BAULAC, Y. e MOSCAROLA, J. Pesquisa via web – Reinventando o papel e a ideia de pesquisa. Porto Alegre/RS: Sphinx 2006. Confira o livro aqui.
A primeira geração de pesquisas (anos 50-70) era somente manual: papel, caneta, calculadora. Em seguida, com a informática, a micro-informática e os sistemas estatísticos, surgiu a segunda geração (anos 70-80), capaz de automatizar grande parte das atividades. Nos anos 90, com a união da informática e do telefone, a trivialização dos códigos de barras e a leitura óptica, assim como o progresso da síntese vocal e reconhecimento da fala, surgiu uma nova geração. Hoje, a web associa a estas possibilidades de coleta e tratamento a força de uma rede capaz de atingir potencialmente milhares de respondentes dispersos geograficamente, e de lhes submeter - ao mesmo tempo - texto, imagem e som, registrando e tratando quase que instantaneamente as atitudes e os comportamentos dos “ciberentrevistados”.
Posicionando a web como canal para aplicação de pesquisas, pode-se afirmar que, muito embora inicialmente considerada apenas como uma ferramenta útil para as fases de aquisição de informações, produção de anúncios científicos e difusão de conhecimentos, ela vem cada vez mais conquistando um papel importante em todo o processo de pesquisa. “Independentemente do método de entrevista utilizado (telefone, pessoal, correio, eletrônico), a web pode desempenhar papel valioso em todas as fases do trabalho de campo: seleção, treinamento, supervisão, validação e avaliação dos entrevistadores” (MALHOTRA, 2001, p.372). Sendo considerada como uma das tecnologias de maior influência em difusão de informações e interatividade, a Web posiciona-se no domínio de pesquisas como uma ferramenta indispensável para a aquisição de dados, coleta de respostas e apresentação de resultados, revolucionando a maneira como as equipes de pesquisas vêm conduzindo seus estudos.
A web assume hoje um papel mais completo, cobrindo não somente os estudos quantitativos, mas também os qualitativos. Comparação de websites para decisão gerencial e de marketing; monitoramento de websites (via agentes, motores ou humanos); aquisição e captação de informações antecipativas (LESCA e JANISSEK, 2002) via enquetes, portais web ou e-mails; aspiração de websites visando análise textual (FREITAS, JANISSEK, MOSCAROLA e BAULAC, 2002); são alguns exemplos de estudos e abordagens qualitativas que dão um novo sentido ao uso da web como fonte de informações, facilitando atividades de inteligência competitiva e de tomada de decisão.
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